Tem história no futebol maranhense que a gente precisa contar com orgulho — mas também com preocupação. A trajetória do Pinheiro Atlético Clube, nosso querido PAC, é marcada por lutas, vitórias e, infelizmente, um momento delicado que pode marcar negativamente a história do clube.
Fundado em 8 de fevereiro de 1990, o PAC começou cedo nas competições, participando do Campeonato Maranhense de 1989 a 1993. O auge dessa primeira fase foi em 1992, quando terminou em 3º lugar. Em 1994, o clube se licenciou das competições e só voltou à ativa em 2016, disputando a Segunda Divisão. Naquele ano, bateu na trave: ficou com o vice-campeonato após perder a final pro Americano.
Em 2017, o time terminou na lanterna, mas em 2018, deu a volta por cima. Conquistou de forma invicta o título da Segunda Divisão e garantiu o acesso à elite do futebol maranhense. Em 2019, terminou em 5º lugar na elite. De 2020 até hoje, se manteve firme, sempre entre a 3ª e 5ª colocação. E um detalhe importante: junto com o Sampaio Corrêa, o PAC é uma das únicas equipes que nunca foram rebaixadas desde o retorno.
Durante todo esse período, um nome foi fundamental: Luciano Genésio, ex-prefeito de Pinheiro. Um parceiro verdadeiro do esporte, que vestiu a camisa, apoiou, bancou e fez o PAC crescer. Na sua gestão, o clube chegou a receber até R$ 150 mil por mês, segundo o presidente Filemón Guterres — o que garantia estrutura, elenco competitivo e dignidade ao time.
Mas hoje, o cenário é de abandono.
No começo deste ano, o secretário de esportes da atual gestão declarou publicamente que se Filemón permanecesse na presidência do PAC, a prefeitura não apoiaria o time. Filemón, por problemas de saúde, precisou se afastar. E mesmo assim, a promessa de apoio ficou só no discurso. Hoje, o PAC sobrevive com apenas R$ 10 mil repassados pela gestão atual. Isso mesmo: 10 mil reais para manter um time profissional, com jogadores, comissão técnica, viagens, alimentação, alojamento, arbitragem, e por aí vai.

E a pergunta que não quer calar, ao senhor prefeito municipal de Pinheiro:
Será que o senhor conseguiria manter um time no futebol maranhense com 10 mil reais por mês? O senhor como presidente… e eu como técnico?

