Na sessão da Assembleia Legislativa de quinta-feira (7), os deputados Cláudio Cunha (PL) e João Batista Segundo (PL) abordaram a incoerência e a hipocrisia na atuação do deputado Othelino Neto (Solidariedade), especialmente em relação à indicação de familiares para posições políticas.
Os parlamentares argumentaram que Othelino Neto prega um discurso de ética, mas age de forma contrária. “Relativo à nomeação de parentes, respeitável colega que possui uma esposa no Senado, sugiro que solicite a ela a elaboração de uma PEC para proibir a family affair na política”, sugeriu Cunha, fazendo referência à senadora Ana Paula Lobato, que assumiu o cargo anteriormente ocupado por Flávio Dino.
Cláudio Cunha também recordou que Othelino lançou a sua irmã, Flávia Alves, como candidata a deputada federal nas eleições passadas, mesmo que ela não tenha conseguido se eleger. “Quando temos a chance, é isso que fazemos”, destacou Cunha.
João Batista Segundo apoiou a fala de Cunha, mencionando a ascensão de outro membro da família de Othelino a um cargo público. “O vice-prefeito de Pinheiro é, inclusive, seu cunhado”, ressaltou Segundo, um parlamentar cuja base política abrange a Baixada Maranhense.
Além disso, Segundo mostrou-se favorável à pré-candidatura de Orleans Brandão, sobrinho do governador, enfatizando: “Não vejo motivo para que o sobrinho Orleans não possa ser o nosso governador. Ele é um jovem altamente capacitado que está à frente de uma secretaria e tem demonstrado um trabalho excepcional”.
Esse acalorado debate apenas evidenciou o clima tenso que permeia a Assembleia, indicando que, no cenário político atual, a coerência se tornou um bem escasso, enquanto a hipocrisia se mostra, infelizmente, uma constante.