Autor do ataque a crianças em creche foi frio no depoimento, diz delegado

O delegado Ronnie Esteves contou como foi o depoimento do homem responsável pelo ataque em uma creche de Blumenau (SC).

O autor do ataque disse à polícia que as crianças sempre foram o alvo. O delegado afirmou  que o homem fugiu em razão “da gritaria” no local. “As professoras queriam salvas as crianças. Começou a gritaria e ele fugiu”, afirmou Esteves.

segundo a polícia. O agressor pulou o muro e atacou as crianças com golpes na cabeça, afirmou o Corpo de Bombeiros. O delegado disse que usou inicialmente uma machadinha e depois um canivete.

Além disso, o agressor alegou não lembrar do ataque. Segundo o delegado, ele disse lembrar de tudo até desferir o primeiro golpe, e depois “tem um apagão” até ver uma professora se aproximando e correr.

Ele fala que se arrependeu um pouco, mas ele é muito frio. Do início ao fim ele mantém uma história, ele não muda. Tem as ideias bem concatenadas, não é uma pessoa que está fora de si. E muito frio.

Autor do ataque disse que foi até uma academia antes de se dirigir para creche. O depoimento durou uma hora e 20 minutos — hoje a Justiça decretou a sua prisão preventiva (sem prazo), após ele ter passado pela audiência de custódia.

A polícia está atrás de imagens de câmeras de segurança que mostrem essa movimentação. Na academia, a polícia pretende verificar se ele falou com alguém. Segundo o delegado, o rapaz não tinha televisão, computador ou videogame em casa. “Tudo ele mexia num telefone.”

Depois do ataque, o homem disse à polícia que “deu uma volta na cidade”, passando por uma loja de conveniências, onde comprou uma água. Logo depois, foi até o Batalhão da Polícia Militar, onde estacionou a moto e se entregou.

Delegado disse ainda que agressor citou em segundo envolvido, que o teria coagido a cometer o crime. “Ele disse que levaria um tiro na cabeça caso não fizesse.” Não há prova das ameaças, e a polícia desconfia de que se trata de “uma história inventada”.

As crianças mortas tinham entre 4 e 7 anos, segundo a Polícia Civil: dois meninos de 4 anos, um de 5 e uma menina de 7 — eles foram enterrados nesta quinta. Outras cinco foram feridas.

O caso ocorreu no Cantinho Bom Pastor, uma creche privada localizada no bairro Velha, que abrigava 40 crianças no momento do ataque.

O agressor se apresentou à Polícia Militar e foi preso após cometer o crime.

 

FONTE: UOL

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