A Polícia Civil do Amazonas (PCAM) desencadeou uma operação nesta terça-feira (4/11), resultando na prisão de três familiares: o pai, a mãe e a madrasta, todos acusados de envolvimento em uma série de crimes sexuais contra uma menina de apenas 5 anos no bairro Manoa, na zona norte de Manaus.
Pai Abusava e Vendia o Material na Internet
O principal suspeito, pai da criança, de 26 anos, foi detido no bairro Nova Cidade. As investigações revelaram que ele não apenas abusava sexualmente da filha, mas também registrava os crimes e vendia o material em grupos de redes sociais, utilizando o WhatsApp para comercializar o conteúdo.
“Ele confirmou que abusou sexualmente da filha e que enviava imagens pelo WhatsApp para venda. As imagens eram enviadas em visualização única, e os interessados deveriam entrar em contato privado. Suspeita-se que ele abusava da filha desde os 3 anos”, afirmou a delegada Mayara Magna, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).
Mãe Omissa e Suspeita de Prazer no Abuso
A mãe da vítima, de 24 anos, foi presa no bairro Lago Azul. Segundo a PCAM, ela tinha conhecimento dos abusos e manteve-se omissa. A delegada Mayara Magna enfatizou que há indícios de que a mãe não apenas sabia da violência, mas também sentia prazer ao saber do estupro da filha.
“Ela alegou que não sabia, mas temos informações que demonstram o contrário e que foi omissa quando deveria ter agido para retirar a filha dessa situação de violência”, disse a delegada. Sua omissão levou a autuação por estupro na modalidade omissiva por comissão.
Madrasta Armazenava Vídeos em Flagrante
A madrasta da criança, de 30 anos, atual parceira do pai, foi detida em flagrante. Durante a abordagem policial, foram encontrados vídeos do abuso armazenados em seu telefone.
“Ao apreendermos o celular dela, encontramos material pornográfico infantil. Na delegacia, ela confirmou que os abusos ocorreram em sua residência e que a vítima era a filha do pai, sua enteada”, destacou a delegada. A madrasta será responsabilizada por armazenamento de pornografia infantil.
Investigação Aprofunda Suspeitas
As autoridades iniciaram a investigação em outubro deste ano, após o caso ser informado por um portal, e desde então monitoravam o suspeito.
A Polícia Civil ainda investiga a possibilidade de que outras duas crianças, filhas da madrasta, tenham sido vítimas dos crimes cometidos pelo pai da menina de 5 anos.
A vítima foi retirada do convívio dos pais e está sob a proteção da avó. Em escuta especializada, a criança confirmou os abusos. Todos os implicados permanecem à disposição da Justiça.

