O prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), de 27 anos, foi preso na manhã desta terça-feira (15), em São Luís, após se apresentar voluntariamente à Polícia Civil. Ele é acusado de matar a tiros o policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos, durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, no interior do Maranhão.
Discussão terminou em tragédia
O crime aconteceu no último domingo (6), durante uma vaquejada bastante movimentada na região. Segundo relatos de testemunhas, o policial que estava de folga teria pedido ao prefeito que diminuísse a intensidade dos faróis do seu carro, pois estavam incomodando os presentes no evento.

A situação teria causado um desentendimento. João Vitor, armado, sacou a arma e efetuou disparos contra o policial, que foi atingido pelas costas.
Justiça decretou prisão preventiva
Após a morte do policial, que não resistiu aos ferimentos mesmo após ser socorrido e transferido para um hospital de maior porte, o juiz Luiz Emílio Bittencourt, da 2ª Vara de Pedreiras, decretou a prisão preventiva do prefeito.
A decisão teve como base a preservação da ordem pública e a necessidade de localizar a arma usada no crime, que ainda não foi encontrada. Também foi autorizada a realização de buscas na casa do prefeito, na sede da prefeitura e a apreensão de celulares, computadores e outras mídias.
Prefeito se apresentou à polícia
João Vitor se apresentou acompanhado de seus advogados, passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, foi encaminhado ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.
Vale lembrar que, logo após o crime, ele chegou a prestar depoimento na cidade de Presidente Dutra, mas foi liberado por não ter sido preso em flagrante.
Eleito com ampla maioria
João Vitor foi eleito prefeito de Igarapé Grande em 2024 com cerca de 70% dos votos. Desde a repercussão do caso, ele se licenciou do cargo por 120 dias, alegando abalo emocional.
A defesa do prefeito afirma que ele está colaborando com as investigações e que confia no trabalho da Justiça.
Repercussão estadual
O caso gerou grande comoção em todo o estado. A morte de um policial militar, em pleno evento público, com suspeita de autoria por parte de um gestor municipal, levanta sérias discussões sobre responsabilidade, porte de armas e comportamento de autoridades.
A população aguarda os próximos passos do processo com expectativa. O inquérito segue sob responsabilidade da Delegacia Regional de Pedreiras.

